sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

प्रेसेंते कुए गन्हेई दे उमा ग्रांड अमिगा!

ENLEVO!...




Sempre a fantasiar, sonhar, eu vou...
E para onde, Amor? Inda não sei...
Quimera, fantasia, amor eu sou!
Fresco orvalho, um encanto mago eu dei...

Irei talvez vogar no que passou...
Recordar muitos sonhos que calei!
Viver, sem desdenhar, o que restou,
Voltar ao esquecimento o que penei!

Virás comigo ao entardecer
Num sereno e suave enlanguescer
Beber o pôr do sol e o azul do mar?

Vem! Já mergulha o Sol no Oceano!
Suave, ao longe, o toque dum piano
Que nos enleva e faz extasiar!

MISTÉRIO!...



Não sei se foste aquela que sonhei,
Mas sei que foste aquela que escolhi...
Não sei se foste aquela que amei,
Mas sei que foste estátua que erigi!...

As memórias de tudo que te dei
São masmorras que eu próprio construí!
A febre com que sempre te beijei
É mistério que nunca descobri...

E tu, com tua sede de infinito
E todo o teu silêncio que era grito
De rútilas miragens e desejos.

Encontraste o teu "eu" sempre sonhado?
Já sorveste o teu vento perfumado?
Sentiste a chama rubra d'outros beijos?!!!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Liberdade



É em ti que me encontro.
Nos bosques
no voo dos pássaros
na procura da perfeição
na calosa mão
de quem trabalha.
Nos comboios partindo para longe
deixando atrás de si
uma nuvem de vento e de fumo...
Na rádio na televisão
no café no emprego
nas palavras com que não renego
o caminho verdadeiro.
É em ti que ouso...
Na mística que nasce
no caminhar livre pelas ruas
nas minhas mãos
iguais às tuas
Construindo o amanhã.

uma vida



um rastro breve
de passos

o leve suspiro
da brisa

o brilho fugaz da lua
na areia trépida

logo diluídos
nos rumores da maré.

Em que idioma te direi...



Em que idioma te direi
este amor sem nome
que é servo e rei?

Como o direi?
Como o calarei?

Madrugada



Os lábios e as mãos do vento
o coração da água
um eucalipto
o acampamento das nuvens
a vida que nasce cada dia
a morte que nasce cada vida.

Esfrego as pálpebras:
o céu anda na terra.


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

flor de sal

não chames por mim
levo nos olhos queimados
o fim dos desertos

não te posso escutar
na branca solidão dos dias
porque até no meu silêncio
te matei

não chames por mim
levo nos passos
o veneno da Lua

a espuma do tempo
sai-me das mãos vazias
e apaga o trilho
por onde as vozes
podem chegar

não chames por mim
levo o peito tão rasgado
de ausência!

e no meu coração
só há
uma vermelha flor de sal
que já ninguém
pode tocar.

VIDA

A vida tem cor

Pinta-se de alegria, tristeza ou dor

Quanto ao seu tom

Pode ser forte, suave ou em contraste

Mas há quem com o fundo se baste

A vida tem som

Ele ás vezes é agudo, ás vezes grave

Delineia-se com mini-colcheia ou com clave

Como termina a sinfonia

Só o maestro sabe

A vida tem cheiro

Dela tudo se respira

Seja pura ou poluída

O cheiro:

Perfumado ou inodoro ou suado

Seja natural ou fabricado

Há quem de alquimia faça sua mina

Há quem confie somente nas narinas

A vida tem paladar

Há momentos doces outros amargos

(Será virtuoso o bom de garfo?)

O sabor é de mel folheado de fel

Vai-se fundo para alcançar o melífero

Cava-se fundo enterrando-se sacrifícios

Provar a vida é tirar dela o que se pretende

Saboreá-la, do apetite depende...

A vida tem tacto

Apalpa-se plano, tropeça-se em buracos

Aparam-se arestas, rompem-se frestas

Vê-se o sol, conforma-se com arestas

Seja ela gostosa ou pegajosa

Senti-la, é poema à toda prova

Sentir os cinco sentidos da vida

É sentir o prazer da vida se ter

É dar-se o direito com jeito ou sem jeito

De todos os mistérios o próprio conhecer

A tela da vida é cheia de tinta

Realmente...

“Ela tem a cor que a gente pinta.”

Mas quem é o dono do pincel?

Estará ele na terra, no ar ou no céu??

Dia

Como o dia separado
Dobradas manhãs em desembocadas tardes
Como a noite dividida
Vejo a minha cara ao espelho
A sombra luz de mim

Este meu lado esquerdo
Este meu lado direito
No bailado ambidestro do meu gesto
Seguem o rumo como amanhãs remados
De costas ao futuro

Pendula o movimento
Da batidela cardíaca
Late-se a voz em murmurares escassos
E sigo pela lógica ordeira do número
Mais um dia, e mais um dia

Dez Mandamentos Seculares

"DOMINE sua fala.

Diga sempre menos do que pensa. Cultive uma voz baixa e suave.

PENSE ...

antes de fazer uma promessa e depois não a quebre, não importa o quanto lhe custe cumpri-la.

NUNCA...

deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.

TENHA ...

interesse nos outros - nas suas ocupações, no seu bem-estar, nos seus lares e família. Seja sempre alegre com os que riem e lamente com os que choram. Aja de tal maneira que as pessoas com quem se encontrar sintam que você lhes dispensa atenção e lhes dá importância.

SEJA alegre.

Conserve-se sorrindo. Ria das histórias boas e aprenda a contá-las.

CONSERVE...

a mente aberta para todas as questões de discussão. Investigue, mas não argumente. É próprio das grandes mentalidades discordar e ainda conservar a amizade do seu oponente.

DEIXE ...

que suas virtudes falem por si mesmas e recuse a falar das faltas e fraquezas dos outros. Condene murmúrios. Faça uma regra de falar só coisas boas dos outros.

TENHA...

cuidado com os sentimentos dos outros. Gracejos e críticas não valem a pena e freqüentemente magoam quando menos se espera.

NÃO ...

faça questão das observações más a seu respeito. Viva de modo que ninguém as acredite.

NÃO...

seja excessivamente zeloso dos seus direitos. Trabalhe, tenha paciência, conserve-se calmo, esqueça-se de si mesmo e receberá a recompensa.

A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda."