Não me liberto de ti
porque sou prisioneiro do ser [no meu estar]
e do pensar no teu ser.
Porque, não sendo iguais,
existimos gémeos no rumo que somos
e na perdição sem limites
do estar em labirintos impensados no pensar.
Sendo o existir involuntário
e a nossa natureza um mero [mas feliz] acaso,
é natural o rumo que tomámos.
E o desconsolo [igualmente impensado]
é o reflexo inato da natureza do ser e do estar
de outros existires,
que nos cingem noutros rumos.
Assim sendo, estou perdido…
Não me sei esclarecer na encruzilhada de rumos
e corremos o risco de nos beijarmos
apenas e sempre ocultos neste nosso labirinto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário