Estamos zangados com a lua,
com o céu
e com o que se passa na rua.
Andamos com esta desavença
na mala onde guardamos
as inutilidades que conquistamos,
mas a nossa alma é a mesma:
é uma liga de inferno e paraíso
caldeada pela luz
e pelas trevas do que somos.
E somos apenas a convulsão
de uma coisa que não dominamos.
Mas vivemos,
porque somos génios da ambiguidade
entre o grande e o elementar,
engrenados na imperfeição
das rodas dentadas humanas.
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